(A parte II vou escrever quando ler mais livros de certas pessoinhas.)
Um dos temas da Blogagem Coletiva da página Café Com Blog esse mês me trouxe à memória o dia do escritor, datado em 25/07. Eu não lembro nem do meu aniversário até uns dois dias antes, quando a família começa a comentar (sério, realmente nem me toco), então teria deixado passar totalmente em branco se não fosse pela página (beijo pra você); coisa meio inadmissível porque ESCRITORES VIVA ELES AMO VOCÊS BEIJO ME LIGUEM.
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O tumblr é uma fonte infindável desse tipo de imagem. |
Mas antes preciso fazer algumas considerações.
Quando fui olhar minha estante online no skoob pra selecionar o pessoal e me certificar de que não deixaria ninguém esquecido por não lembrar de cabeça, me deparei com alguns impasses.
Primeiro, tem MUITA gente que escreveu livros maravilhosos que estão entre meus favoritos DA VIDA para todo o sempre, mas de quem só li uma única obra. Eu amei, mudou meus dias, quero levar pra lua se um dia formos pra lá e me casar com alguém recitando um trecho, porém continuam sendo livros >únicos< que eu li de certos escritores. Como são filhos únicos na estante, eu decidi excluir dessa listagem esses escritores aos quais eu só tive acesso através de uma única obra, porque sei lá, se estamos falando de favoritos quero ir além disso e acho que eles merecem entrar numa parte II dessa lista quando eu tiver explorado mais a bibliografia deles, lido mais de um livro, porque certamente eles merecem. Então vou citá-los no fim desse post como uma promessa de novas obras suas a ler num futuro que eu espero não ser tão distante. Eu não conseguiria deixar de mencioná-los.
Eu também não vou incluir na listagem oficial um povinho que só conseguiu escrever um, dois ou três livros (que também entraram para os meus FAVORITASSOS da vida) antes de morrer (coisa que eu lamentei ontem, lamento hoje e lamentarei para todo o sempre, amém - Stieg Larsson, eu tô falando de você, amigo), porque, como dito acima, quero me limitar aos escritores cujas obras eu realmente pude explorar com vontade, ok?
E, por fim, digo que para poder discorrer livremente sobre os que se encaixam nessas duas categorias acima, eu também quero fazer um post assim, no mesmo formato, só que com meus livros e sagas favoritos, sem me ater a seus escritores, necessariamente. Até agora, são 43 livros favoritados no skoob, então certamente vou ter que dividir o post em partes, se não vai dar textão (como já estou fazendo nesse aqui, pra variar).
Então, sem mais delongas, conheçam algumas das criaturas que já mudaram a minha vida (ou, pelo menos, mudaram algumas noites insones lendo ao lado do abajur e comendo bolacha maria molhada no leite) diversas vezes; e se isso parecer uma declaração de amor, é porque é mesmo:
Carlos Ruiz Zafón
Ahh, Zafón, o que dizer deste ser na minha vida? O meu amor pela literatura produzida por esse cara é um negócio de alma, que rende extensas linhas de declaração.Na verdade, agora, aqui, escrevendo isso, eu já comecei e terminei os parágrafos que tinha para desenvolver sobre o Zafón, contando a minha história com os livros dele, como os conheci, os planos (envolvem stalkeamento e dissimulação; aguardem) que pus em prática para ter acesso aos livros de que não dispunha a princípio... Enfim, toda uma história de amor a ser contada. Tanto amor que o trecho sobre ele em específico aqui ficou TÃO enorme de grande (?) que não deu pra eu publicar nessa listagem; tava muito desproporcional em comparação aos outros escritores (também amo vocês, mas o Zafón é o Zafón) e a holística dessa postagem teria ficado ridícula por conta disso. Então copiei e colei num rascunho porque vou ter que fazer um post solo só falando desse amor da minha vida literária. Uma hora sai.
Mas, por hora, digo que a maneira com que o Zafón se expressa (e expressa seus personagens e quem lê) nas palavras que escreve é, para mim, uma das mais básicas formas de sintetizar a essência da literatura. Quando alguém me pergunta o que a literatura é pra mim, se eu tivesse que explicá-la pra alguém e quando penso nas criaturas que a tornaram imensamente mais apaixonante para mim, o Zafón é o primeiro nome que me vem à mente.
Ele é aquele escritor que eu considero meu, sabe? Considero os livros dele como sendo escritos para mim, porque a enormidade da minha admiração por eles é uma coisa muito pessoal, ''de alma'', como eu disse. Entende o que eu quero dizer?
O que ele faz com as palavras, especialmente na série do Cemitério dos Livros Esquecidos (leiam. esta. bagaça. JÁ.) é simplesmente lindo, e eu vou ter que me render à simplicidade do ''é lindo'' aqui porque pra falar da escrita dele sem ter o dom literário que ele tem, realmente me faltam todas as palavras.
Mas enfim, leia Zafón. Apenas isto. Ainda que seu gosto seja extremamente diferente do meu e você acabe detestando, vou continuar considerando este o melhor conselho que eu já dei na história desse blog, provavelmente.
Como eu disse, ainda vou falar exclusivamente dele por aqui. Porque é preciso.
Pra você, aí do outro lado, ter uma ideia da dimensão dos meus feelings, esse trecho acima que escrevi agora sobre ele, em substituição ao outro textão, tem 387 palavras (thanks, word), e o discurso apaixonado de antes tinha 1017 (and counting...).
Perceba a intensidade da coisa.
Stephen King
Eu vivia encarando as capas meio tenebrosas dos livros do King na biblioteca (dê uma pesquisada na capa de Canção de Susanaah pra você saber o que ficou me encarando por anos naquelas estantes), em épocas em que minha vida já tava meio na merda o suficiente por si só (hello darkness my old friend toca ao fundo) e eu queria ficar longe de ''coisas mais pesadas'', então demorei pra levar um livro dele pra casa. Só que tempos depois um amigo me falou de A Torre Negra, a saga de 7 livros e 4000 páginas, muito queridinha pelo próprio King, e o jeito que ele descreveu a coisa me deu muita vontade de ler. Meu primeiro livro lido dele, porém, foi Carrie foi o que abriu as portas do universo King pra mim (inclusive fiquei CHOK@DA quando soube que ele tocou o primeiro manuscrito no lixo porque achou ruim, mas a esposa dele resgatou da lixeira e disse pra vender porque eles estavam precisando de grana #TabithaAmoVocêObrigada), e desde então nossa jornada juntos tem sido cheia de amor, desgraçamento emocional, macabrice e LIVROS DELE QUERO TODOS.

Eu tenho um probleminha com o formato da publicação dele no Brasil, porque as edições mais famosas, publicadas pela editora Objetiva (já era chance de parceria), vêm com umas letrinhas muito finas e chatinhas de ler, coisa que torna o virar das páginas devagar e me incomoda um pouco, pois a impressão dos livros faz diferença, sim. Mas enfim, continuo amando as histórias contadas por ele, porque o Stephen King é o tipo de escritor que desenvolve sua escrita de uma maneira muito característica e única, como uma impressão digital, de forma que é possível saber quando algo foi escrito por ele sem nem precisar ler seu nome estampado na capa. Gosto das marcas estilo King que ele deixa em cada página e leio ele como quem lê uma pessoa que conhece muito bem e tem orgulho de acompanhar.
Uma coisa que posso dizer a respeito da minha relação com os livros dele é que eles entram para os meus favoritos porque sempre me deixam es.tar.re.ci.da quando chego ao fim, encarando a última página por uns três minutos e pensando algo do tipo MEO DEOS O QUE FOI ISSO QUE EU ACABEI DE LER?!?!?! Sabe esses livros? Então, quando leio Stephen King isso acontece sempre.
Eu super recomendo a todos, inclusive, que o sigam no twitter ou facebook, porque lá, entre papos sobre livros, reclamações sobre o Trump e piadas mórbidas ocasionais, você pode acompanhar o dia a dia da cachorrinha dele, a Molly aka The Thing of Evil, já que ele vive postando umas fotinhos adoráveis dela aprontando pela casa e destruindo as coisas e meio que faz daquilo um diário virtual da canina. Puro amor.
Sério, procurem todos os memes que ele já fez com a Molly porque eles são uma das melhores pérolas que a internet tem a nos oferecer (e Molly = fofíssima).
Lya Luft

As crônicas dela são maravilhosas de se ler, uma daquelas leituras que me imagino fazendo embaixo de uma árvore num parque em um dia fresco, com um solzinho leve e feliz. São palavras fluídas, leves e simples mas que transbordam sentimentos e impressões lindas que ela tem sobre a vida. E que eu e você temos sobre a vida mas não conseguimos colocar em palavras. Eu lia as coisas que ela escrevia e me pegava sorrindo sem perceber, e era lindo.
Além das crônicas, li também alguns dramas/romances, e gostei muito deles também. E, devo mencionar, ela criou uma das personagens com as quais mais me identifiquei em todos os tempos até aqui, a Renata de O Quarto Fechado (que também roubei da mesma estante que Carrie, inclusive).
Um dia ainda vou a uma palestra dela pra pegar autógrafo (se há a possibilidade de fazer isso com alguém nessa lista, esse alguém é ela). ;)
Meg Cabot
Tá, eu sei que citar Meg Cabot com 19 anos na cara pode soar meio...imaturo? Mas ela foi uma das minhas escritoras favoritas durante boa parte da infância e toda a adolescência, e eu não sou do tipo que renega as próprias origens. Ademais, sei que se eu pegar Garota Americana ou a série A Mediadora (cara, como li essa série...) pra ler agora, ainda vou me divertir muito, então a Meg Cabot tem que entrar aqui, sim.
Lembro que tentei iniciar minha irmã mais nova no meio literário tocando Meg Cabot pra cima dela. Não funcionou tanto porque ela não lê muito depois daquilo (O Morro dos Ventos Uivantes que emprestei e ficou abandonado depois da página 30 e poucas tá aí pra provar isso), mas os da Meg ela leu, sim, e isso já é alguma coisa.
Recomendo Meg Cabot a todos que querem uma leitura leve, simples, rápida (li Avalon High, de 350 páginas, em um único dia em que fiquei com febre e não pude ir à escola), com besteirinhas adolescentes e dramas existenciais básicos, pra ler em qualquer ambiente que seja minimamente desgastante e que exija uma folga. As leituras da Meg são folgas em meio a complexidades narrativas por aí.
George R. R. Martin
Numa época de Game Of Thrones citar ele é cair no óbvio, eu sei... Mas eu amo Game of Thrones (seria da Casa Snow se o bastardo mais lindo que você respeita tivesse casa; como não tem, me divido entre a Casa Targaryen por motivos de DRAGÕES, e a casa Stark por motivos de Aria SOU EU) e a série é ótima, uma das melhores com ambientalização medieval. E eu tô falando dos livros, ok? Vamos esquecer o seriado televisivo por um momento, por favor (porque, sério, pra que fazer aquelas alterações desnecessárias, povo?!?!).

George é incrível e merece estar nessa minha lista de pessoas incríveis... Até porque, ele não parece um tio legal que você adoraria ter naquele almoço porre de domingo com a família, contando historinhas para as crianças e sendo um protótipo de papai noel que seria legal ter por perto?
Patrick Rothfuss
Vou ter que quebrar uma regrinha aqui (elaboro regras bestas e desnecessárias pra mim mesma e quebro elas poucos parágrafos depois, GÊNIA) pra citar o Rothfuss.

Tenho alguns amigos e amigas que são leitores vorazes, e posso citar as sagas deles. A saga da Mi é As Crônicas de Nárnia, a da Bárbara é Harry Potter, do Eliseu é A Torre Negra (com Narnia no meio também) e a de tantos outros é Game of Thrones e Lord of the Rings... A minha saga (trilogia) é Kingkiller (que nem acabou de ser publicada, pois falta o terceiro livro). É minha porque achei sozinha, por acaso, descobri sem a interferência de ninguém, li e foi aquele amor especial de quando você encontra algo pra ti e que fala contigo da primeira à última página.
Como eu vou citá-la no futuro post sobre as minhas sagas favoritas, vou parar minha declaração por aqui, dizendo que LEIAM Kingkiller pois melhor saga e CONHEÇAM o Rothfuss pois melhor escritor/pessoa. Sério. Ele é todo CDF e nerdão, fã de LOTR e GOT e ocasional participante de cosplays e RPG. Como. Não. Amar?
Inclusive sigam-no no twitter porque as conversas dele com os leitores lá = melhores conversas.
E por hora é isso tudo aí. Era pra todos os meus comentários sobre cada escritor ficarem mais ou menos do tamanho do da Meg Cabot, mas não deu pois Stephen King acontecem coisas e falhei miseravelmente mais uma vez.
Pessoas que não posso deixar de citar e que não incluí acima porque se encaixam nas categorias que mencionei nos primeiros parágrafos (e, como dito, espero poder escrever sobre elas futuramente, quando ler mais de seus livros): Isabel Allende (só li um livro - Eva Luna - que rachou. minha. cara. de tão bom); Stieg Larsson (morreu só tendo lançado a série que, inconcluída - vou sofrer por isso até morrer, não tem jeito - virou a trilogia Millennium); Emily Bronte (só publicou O Morro dos ventos Uivantes e me fez chorar pra sempre); Justin Cronin (só li o volume um - A Passagem - de uma série e MEU DEOS O QUE FOI AQUELE LIVRO); John Verdon (só li um livro e NECESSITO ler mais pois jornalistas que também publicam ficção investigativa = amor); Licia Troisi (só li o primeiro volume das Crônicas do Mundo Emerso e ainda tô chorando por não ter os outros por perto); Paul Hoffman (só li o primeiro volume da trilogia A Mão Esquerda de Deus e quis tatuar o nome do cara na testa); Anne Frank porque sim (vocês sabem porque ela não publicou outras coisas então não preciso explicar)... [Incluamos - essa palavra realmente existe, juro - aqui praticamente todos os outros escritores criadores de livros que estão entre os maus favoritos mas não listei aqui porque não pareceu fazer sentido por causa das considerações dos primeiros parágrafos mas não consigo deixar passar pois amei demais mudou minha vida então preciso desse adendo sem vírgula nenhuma pois é a vida.]
Pessoas que não posso deixar de citar e que não incluí acima porque se encaixam nas categorias que mencionei nos primeiros parágrafos (e, como dito, espero poder escrever sobre elas futuramente, quando ler mais de seus livros): Isabel Allende (só li um livro - Eva Luna - que rachou. minha. cara. de tão bom); Stieg Larsson (morreu só tendo lançado a série que, inconcluída - vou sofrer por isso até morrer, não tem jeito - virou a trilogia Millennium); Emily Bronte (só publicou O Morro dos ventos Uivantes e me fez chorar pra sempre); Justin Cronin (só li o volume um - A Passagem - de uma série e MEU DEOS O QUE FOI AQUELE LIVRO); John Verdon (só li um livro e NECESSITO ler mais pois jornalistas que também publicam ficção investigativa = amor); Licia Troisi (só li o primeiro volume das Crônicas do Mundo Emerso e ainda tô chorando por não ter os outros por perto); Paul Hoffman (só li o primeiro volume da trilogia A Mão Esquerda de Deus e quis tatuar o nome do cara na testa); Anne Frank porque sim (vocês sabem porque ela não publicou outras coisas então não preciso explicar)... [Incluamos - essa palavra realmente existe, juro - aqui praticamente todos os outros escritores criadores de livros que estão entre os maus favoritos mas não listei aqui porque não pareceu fazer sentido por causa das considerações dos primeiros parágrafos mas não consigo deixar passar pois amei demais mudou minha vida então preciso desse adendo sem vírgula nenhuma pois é a vida.]
MEG CABOT ♥ Eu amo demais os livros dessa mulher e não é nada imaturo dizer isso aos 19, guria! Tô eu aqui dizendo isso aos 23 e sobrevivemos o/ hahahaha Stephen King era um autor de quem eu não gostava muito, até que um dia li O Iluminado e nos tornamos melhores amigos.
ResponderExcluirEVA LUNA É DEMAIS! Mas te recomendo fortemente A casa dos espíritos, da Isabel Allende. Acho que cê vai gostar - é um dos meus favoritos da vida. Aliás, tudo o que a Isabel escreve é sensacional.
;*
Meg é momento bom da adolescência, Meg é nostalgia, Meg é amor, né? <33333 *Muitos feelings*
ExcluirEu quero MUUUUUUUIIIITTTOOOO ler A Casa dos Espíritos, sim!!1!11!1! Foi o primeiro livro dela do qual ouvi falar!, só ainda não encontrei ele nas estantes da vida. Mas ele tá TOTALMENTE no meu radar de leitora e na primeira oportunidade NINGUÉM MI CIGURA! Hahaha