Mescelânea - Agosto de 2017

Até que o mês rendeu, pelo menos nos tópicos que abordo aqui. (Só neles, actually.)

Lidos

Imagem claramente TÂMBLERZADA.

Foram 6 livros lidos em agosto mês do desgosto, que totalizaram 2098 páginas: Contato (Carl Sagan), A Ignorância (Milan Kundera), A Garota na Teia de Aranha (David Lagercrantz), As Variações de Lucy (Sara Zarr), A Cela de Vidro (Patricia Highsmith) e O Livro das Coisas Perdidas (John Connolly).
Só fiquei meio indiferente à Cela de Vidro e só não gostei, decididamente, de As Variações de Lucy. Os outros estão muito bem guardados no fundo do meu coração.
As Variações de Lucy foi uma decepção enorme, tanto que foi o único que nem vou resenhar. O primeiro livro resenhado na história desse blog foi um da mesma autora (Como Salvar Uma Vida), que ADOREI e favoritei (LEIAM), então quando vi esse na estante, apesar de saber que seria um Young Adult, fiquei empolgada. O problema é que é muito mais Young que Adult, num nível fiquei me sentindo uma criancinha. E, pior, a guria do livro é uma ex pianista de 16 anos que meio que se apaixona pelo professor de piano do irmão dela que tem 30 e poucos anos e é casado. E ELE MEIO QUE CORRESPONDE ÀQUILO TUDO E ISSO RENDE UMAS CENAS MUITO WTF DOS DOIS ~FLERTANDO~ QUE ME DEIXARAM COM CARA DE ??? E EU ESTOU MESMO LENDO ISSO? Porque, putz, aquilo é um livro pra crianças e pré-adolescentes, e a autora ter sustentado esse quase romance pedófilo como se fosse algo natural me deixou com vontade de sacudir alguém e me fez sair muito arrependida da leitura. Então, leiam Como Salvar Uma Vida dela, mas CORRAM, TOTALMENTE CORRAM de As Variações de Lucy.
Quanto a Contato, A Ignorância, A Garota na Teia de Aranha e O Livro das Coisas Perdidas: TOTALMENTE recomendo, VÁ LER JÁ.

Assistidos

Essa imagenzinha renovou minha vontade de viver.

Foram 4 filmes assistidos e 3 temporadas de série maratonadas:

Até o Último Homem: vi esse filme com o grupo de jovens numa noite em que estávamos juntos, acabamos nossa programação e como estávamos em um grupo relativamente pequeno, em vez de ir cada um pra sua casa, pensamos por que não juntar todo mundo, ir a casa de alguém e comer/assistir filme/jogar madrugada adentro?
Enquanto os meninos se juntaram em volta de uma mesa pequena a la bicheiros que fumam charutos e apostam, eu e outras gurias assistimos ao filme.
É sobre um cara que vai à guerra pra ser médico e salvar vidas. Mas ele tem algumas experiências, convicções pessoais e uma certa espiritualidade que o fizeram selar um acordo consigo mesmo e com Deus: ele JAMAIS mataria uma pessoa, MESMO SENDO UM SALDADO NA GUERRA, e nem sequer encostaria numa arma. 

Claro que isso rende um monte de conflitos com seus colegas e superiores no exército e isso dá pano pra manga do filme. As cenas de guerra são bem perturbadoras e eu assisti ao heroísmo dele no campo de batalha (ele conquista um feito INCRÍVEL, ASSISTAM) com um pouco de ceticismo porque não pode uma pessoa ter feito tudo isso; mas meu queixo caiu ao fim do filme quando aparecem trechos de um documentário feito sobre ele, onde seus generais, superiores, colegas (todos que lincharam o cara demais antes do que ele conseguiu fazer) e ele próprio falam sobre o que ele fez e É UMA HISTÓRIA REAL.

Saí do filme com vontade de ser como ele e pensando que, putz, esse foi o maior HOMÃO que vi no cinema esse ano.

Forest Gump: assisti com meu irmão e minha cunhada (embora Izabel tenha abandonado o filme no meio - 2 FUCKING horas - e tenha se estirado na cama ao lado sem nenhum comedimento) e gostamos (eu e o Teteu, porque né). Eu já tinha lido o livro e tava com vontade de assistir pois TOM HANKS. Acho que todo mundo conhece um pouco da história: carinha com atraso mental e um QI baixíssimo que faz UM MONTE de coisas na vida, a despeito disso. Acredito que a mensagem seja: não precisamos de muito (nem muito dinheiro, nem muita beleza, inteligência, talento ou whatever) para VIVER (não apenas existir) e fazer coisas, basta querer.

Não me deixou MUUUUUITO impressionada, mas recomendo (e plmdds, vá assistir à droga do filme, Bel)

Não Diga Seu Nome: eu estou seriamente deixando de carregar um lamento interno contínuo por não ter Netflix, porque demoramos (novamente eu, Mateus e Bel) SÉCULOS pra achar UM filme que preste lá. Depois de esgotar os títulos que eu queria ver e não achar nenhum deles no catálogo, fomos futricando randomicamente até chegar NESSA BOSTA. Sério, que desgraça de filme SEM OR. O típico ''terror'' (não dá medo nenhum, e quem fala aqui é a guria que ficou com medo da Samara em Todo Mundo Em Pânico QUE É UMA COMÉDIA) clichê preguiçoso e ridículo. Se você estiver passeando pela Netflix, NÃO VEJA ESSA DROGA, CONFIE EM MIM.

Zodíaco: também fazia séculos que eu queria ver por motivos de FINCHER. QUE diretor, minha nossa. 

Eu amo de paixão o que ele fez em Clube da Luta e Seven (provavelmente o melhor filme policial que eu já vi) e por isso queria catar tudo o que esse cara já dirigiu e sair maratonando; mas como não tenho TV assinada nem o serviço de streaming anteriormente mencionado, só consegui ver esse mês. Vi metade na mesma noite, no mesmo lugar e com as mesmas pessoas com quem vi Até O Último Homem, mas não deu pra assistir tudo porque já eram umas cinco da manhã e o pessoal tava podre e o dono da casa tava dormindo em cima de duas cadeiras postas juntas no meio da cozinha que ficava ao lado da TV e da mesa de jogo (temos fotos, CLARO). Só vi o resto vários dias depois com o celular do Mateus (depois de implorar muito, naturalmente), na Netflix que ele divide com a Bel.

Também é uma história real sobre um mero cartunista de jornal que consegue desvendar sozinho o mistério sobre Zodiáco, um assassino que matou várias pessoas nos EUA anos atrás. Ele fica aficionado e é o único que se mantém investigando o caso (mesmo que seja completamente fora de sua alçada), depois de todas as autoridades já terem abandonado a investigação. 

A fotografia é impecável e a mão do Fincher fica evidente em todas as mais de duas horas do filme. Embora não se equipare a Seven e Clube da Luta para mim, recomendo sim.

E agora PELOAMOR preciso falar de Gilmore Girls. Preciso botar isso pra fora.

''Where you leeeead, I will followww, anywheeeere (anywheeere), that you tell me tooo''

Foram três temporadas inteiras vistas em agosto (3, 4 e 5); 67 episódios em um mês e eu ainda não sei como consegui isso, sinceramente (acho que é doença). Eu tô com o coração meio dividido com a série e meus sentimentos por ela são meio conflituosos e controversos, mas, por hora, vou me limitar a umas impressões breves (sqn) aqui porque COM CERTEZA vou colocar tudo o que sinto num TEXTÃO quando encerrá-la completamente (inclusive o revival e eu tô me corroendo de curiosidade pra saber que raios são essas 4 palavras finais - embora ache que eu tenha uma leve noção, porque fui fraca e taquei no google (sem clicar em nenhum link) e meio que captei um spoiler, mas não tenho certeza).
Sobre os boys da Rory até então: eu não comprei muito o relacionamento dela com o Dean quando comecei a assistir porque eu já sabia que ela teria quatro (é isso, produção?) namorados ao longo da série, então fiquei esperando aparecer o próximo, Jess, ao qual eu vi praticamente todas as assistidoras (?) de Gilmore Girls declarando seu amor. Mas aí quando chegou o Jess eu. achei. ele. UMA. TREMENDA. BOSTA (desculpa aí).
Quer dizer, quando o assunto é homiens, acho que não acho (?) nada mais patético do que esses badboys (convenhamos, o Jess é totalmente um badboy caricato) ou caras que eu digo que têm uma ~postura de malandro~ (não que essa expressão seja inédita), vide AQUELA DESGRAÇA DO Biel. Quando eu vi todo mundo falando que JESS AMO QUERO, eu já fiquei com um pézinho atrás e com medo do que ia encontrar porque 19 anos vividos me ensinaram que eu normalmente não divido o gosto pelas coisas com a maioria. Quando o Jess chegou eu confirmei isso mais uma vez porque, putz, que bosta. Pra mim ele é o arquétipo dos arquétipos dos arquétipos desses carinhas badboys: foi um IMBECIL com o Dean e o relacionamento dele com a Rory, no início; é meio grosseirão; fala como se tivesse uma batata na boca; se mete em briga; tá cagando pros estudos; implica com as pessoas e blábláblá. Sem querer cagar regra (sério, desculpa quem gosta do cara), as ÚNICAS coisas que achei louváveis no Jess são: 1) ele é um leitor assíduo e dá pra conversar com ele sobre livros e isso, realmente, é ótimo; e 2) ele é moreno, meio bonitinho e usa umas roupas legais, além de ter uma jaqueta de couro que eu queria pra mim (VIVA A FUTILIDADE). SÓ. Juro que, pra mim, é só. Fiquei até esperando algum fenômeno acontecer e mudar minha opinião sobre ele, além de explicar por que tanta gente gosta, mas não rolou. =/
Mas vou parar com o desabafo sobre a criatura aqui e dizer que:
Lorelai: MELHOR PESSOA
Luke: MELHOR PESSOA HOMEM (eu amo como ele tenta parecer durão e sério e acaba sendo uma criatura totalmente adorável e VONTADE DE ABRAÇAR)
Sookie: fofíssima
Taylor: alguém mata (desculpa)
Lane: quero pra mim
Kirk: alguém ajuda

Links, links everywhere

Teve BEDA esse mês e a Emi do Beyond Cloud Nine postou um texto com vídeo com os livros LINDÉRRIMOS da coleção dela e eu PI-REI. (Pornô de livraria, MELHOR TÍTULO.)

Ainda no BEDA, esse texto lindo da Ana do Starships And Queens (um dos meus blogs favoritos da vida desde que o descobri) sobre família, volta ao lar, nostalgia, história e sentimentos. 

Esse texto crítico ótimo no Valkirias sobre a objetificação da personagem da Marina Ruy Barbosa sob o olhar masculino na série Justiça, e sobre como isso só ajuda a perpetuar uma cultura do estupro que deveria ser abolida.

Ainda sobre uma visão feminista, esse texto muito bom sobre a declaração pobre e superficial feita pelo diretor James Cameron sobre a Mulher-Maravilha, dizendo que, por ser bonita, ela era um retrocesso no desenvolvimento das heroínas femininas.

Em agosto foi o aniversário da morte da Princesa Diana (="[), e nesse link você encontra umas fotos lindas e espontâneas dela com os filhos. Ela morreu um ano antes do meu nascimento e, naturalmente, não a conheci - não além do que minha mãe ainda fala sobre a mulher incrível que ela foi; ainda assim, senti saudade.

E é isso aí. Obrigada pela atenção. Se você chegou até aqui você claramente tem problemas é incrível. ;)