04/01/2018

Retrospectiva Literária 2017

(Vocês não tem noção da minha faceirice por finalmente poder escrever esse título.)

Além do pudim na ceia de natal, por motivos que a própria palavra pudim, sinônimo de perfeição, já justifica, a outra ÚNICA coisa que eu gosto nesse clima de fim de ano não é reunir a família, assistir ao especial da globo, filmes natalinos (oh hell no), luzinhas piscantes, todo mundo vestido de branco comendo lentilha pra dar sorte ou whatever, e sim AS RETROSPECTIVAS. Eu amo como se fosse pringles (ou quase). Adoro rememorar o que passou e fazer esse apanhado de coisas, pra ver o quanto foi acrescentado na minha vida desde o último olhar em retrospecto ocorrido há cerca de 365 dias.
Desnecessário dizer que, entre todas elas (a televisiva/cinematográfica, acontecimentos da minha humilde vida, a da globo e a do sbt apresentada pelo Cabrini (que homem)), minha retrospectiva favorita é a literária. E é pra isso que eu tô aqui hoje. o/
Depois de um 2016 FRACASSADÍSSIMO em número de leituras, que só não se perdeu pela qualidade dos livros lidos (vários clássicos adorados que eu queria tirar da estante há séculos!), em 2017 eu li
50 LIVROS
[15.085 páginas ao todo;
médias de 302 páginas por livro e 41 páginas lidas por dia 
(só sei disso por causa do skoob, porque nem a pau ia contabilizar um troço desses)]
cravadinhos, e dessa vez o número me contenta, sim. Sempre poderia ter sido mais, mas 50 não tá sendo motivo de vergonha. (Sim, eu me preocupo com a quantidade também, e não só com a qualidade. Não vou ser hipócrita.)
Quando era metade do ano, mais ou menos, e eu só tinha lido uns vinte e poucos (tive uns dois meses cagados de leituras em que li pouquíssimo, e culpo O Desafio Mundial, esse livro maçante do caramba que parece mais um tcc de economia, que me empacou e ferrou todo o ritmo durante um tempo considerável, por isso), acabei estabelecendo essa meta de chegar até pelo menos 50 ao término de 2017. E consegui. :)
É um número bom e razoável, e acho que será meu objetivo mínimo a partir de então.
Mas vamos ao que interessa. Os lidos foram, nessa ordem (mais ou menos):

O Grupo (Mary McCarthy) / De Bar em Bar (Judith Rossner) / Grande Hotel (Vicki Baum) / Marnie (Winston Graham) / História de Pobres Amantes (Vasco Pratolini) / Bel-Ami (Guy de Maupassant) / O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry) / A Filha do Silêncio (Morris West) / Dedos de Pianista (Charles Kiefer) / Zona Morta (Stephen King) / O Segredo (Rhonda Byrne) / O Garoto Quase Atropelado (Vinícius Grossos) / Os Lobos (Alexandre Storch) / Dezessete Luas / Dezoito Luas (Margaret Stohl e Kami Garcia) / Drácula (Bram Stoker) / O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald) / A Letra Escarlate (Nathaniel Hawthorne) / A Metamorfose (Franz Kafka) / Senhor das Moscas (William Golding) / O Homem Invisível (H.G. Wells) / Ensaio Sobre a Cegueira (Saramago) / Perdas e Ganhos (Lya Luft) / A Máquina do Tempo (H.G. Wells) / Contato (Carl Sagan) / A Ignorância (Milan Kundera) / A Garota na Teia de Aranha (David Lagercrantz) / As Variações de Lucy (Sara Zarr) / A Cela de Vidro (Patricia Highsmith) / O Livros das Coisas Perdidas (John Conilly) / A Vida Secreta das Abelhas (Sue Monk Kidd) / Últimas Tardes Com Teresa (Juan Marsé) / A Estrada das Flores de Miral (Rula Jebreal) / Pelos Olhos de Maisie (Henry James) / Apanhador de Sonhos (Stephen King) /  A Guerra dos Mundos (H.G. Wells) / Martin Luther King - Personagens que mudaram o mundo (Valerie Schloredt e Pam Brown) / O Emblema Vermelho da Coragem (Stephen Crane) / Bilhões e Bilhões (Carl Sagan) / 1Q84 - Livros 1, 2 e 3 (Haruki Murakami) / Múltipla Escolha (Lya Luft) / O Amor Começa no Inverno (Simon Van Booy) / Mar Inquieto (Yukio Mishama) / Charles Darwin - Personagens que mudaram o mundo (Anna Sproule) / Vozes de Tchernóbil (Svetlana Alexievich) / Insana - Meu Mês de Loucura (Susannah Cahalan) / A Abadia de Northanger (Jane Austen) / Homens Sem Mulheres (Haruki Murakami)

Livros escritos por mulheres (algumas autoras repetem): 17
Livros escritos por homens (alguns repetem também): 33
Um dia essa discrepância vai acabar, AMÉM.

Maior livro: Apanhador de Sonhos, do King, com 816 páginas.
Menor livro: Dedos de Pianista, do Charles Kiefer, com 64 páginas.

Autores consagrados que li pela primeira vez em 2017: foram vários, mas escolho aqui os que eu mais queria ler e que já estavam no meu imaginário há tempos; os ''principais'': F. Scott Fitzgerald, Franz Kafka, Saramago e Carl Sagan.

Alguns livros que decepcionaram (livros que me decepcionaram não necessariamente são livros ruins, vale constar): O Pequeno Príncipe (desculpa, mundo), As Variações de Lucy (sério, Sara Zarr, por que você?1?!?!?!??), A Guerra dos Mundos (nem um do Wells foi muito bom, na real) e A Abadia de Northanger (do novo não foi o ano em que Jane Austen conseguiu deixar de me decepcionar).

Alguns livros que me surpreenderam positivamente: De Bar em Bar, Marnie, Senhor das Moscas, Trilogia 1Q84 e O Amor Começa no Inverno.

Alguns clássicos consagrados que conheci em 2017 e que vale constar (de novo), cujos nomes você provavelmente já ouviu (nem todos me conquistaram): O Pequeno Príncipe, Drácula, A Letra Escarlate, A Metamorfose, Senhor das Moscas, Ensaio Sobre a Cegueira, A Guerra dos Mundos e Contato.

Autores revelação do ano que AMEI conhecer: Saramago, Carl Sagan, Murakami, Svetlana Alexievich, Simon Van Booy. <3333

A saga favorita de 2017: 1Q84 (Haruki Murakami) <3 

Livros nacionais de que mais gostei: nossa, li bem poucos nacionais (shame on me), mas cito os da Lya Luft, SEMPRE. 

Autor que mais li: Haruki Mukami (4 livros).

Um ou mais terrores bons: embora não considere nenhum tããão terror assim e tenha lido poucos livros que se enquadrem minimamente nessa categoria (apesar de gostar muito), cito dois queridinhos, Drácula (QUE AMOR) e Apanhador de Sonhos (do Stephen King, pra variar).

Uma ou mais fantasias boas: O Livro das Coisas Perdidas SENHOR QUE AMOR ESSE LIVRO QUERO MUITO PRA SEMPRE AMÉM.

Um ou mais livros com um bom suspense: Zona Morta e O Apanhador de Sonhos, ambos do King.

Um ou mais livros de ficção científica que amei: Contato, do Sagan. Não tem como ser mais ficção científica do que esse livro. <3

Livro com um mistério que me transformou numa prima pobre e fracassado do Sherlock Holmes: A Letra Escarlate não gira taaanto em torno desse mistério, mas descobri sim quem foi o cara que engravidou a Hester (o que também não é muito difícil porque são poucas opções e o autor nem se preocupa em esconder muito, mas enfim, sou prima pobre mesmo).

Livros com romancezinho: não esnobo de todo romances, mas tive que ficar um bom tempo caçando algum entre a lista de lidos e foi difícil achar algo que me marcou. Não prestei muita atenção nisso nos livros desse ano, diferentemente da retrospectiva do ano passado, em que o casal de Eva Luna (<3) me veio à mente de cara. Mas aí lembrei que amei muito o romance de Bruno e Hannah, no primeiro conto do livro O Amor Começa No Inverno. Sem dúvida foi meu casal favorito do ano.
''-O que vamos fazer?
Gostei de ela ter perguntado isso.
Significava que sentíamos a mesma coisa um pelo outro.''

Uma ou mais biografias inspiradoras: queria ter lido a da Malala no finzinho do ano, mas apesar de até chamar a bibliotecária pra caçar ele comigo nas estantes da biblioteca (ele tava lá, eu vi!), alguém levou o bendito e não encontramos. MAS li a pequena biografia do Martin Luther King, de uma série da qual tenho alguns títulos, e QUE-FUCKING-HOMEM.
Até chorei porque tava naquele período emotivo do mês, se é que vocês me entendem sou bem boba mesmo.

Um ou mais livros baseados em fatos reais: sem precisar nem conferir a lista e pensar muito, cito Vozes de Tchernóbil e Insana, dois dos meus queridinhos do ano. <3

Um ou mais livros que também são filmes: tem vários, mas vou citar os dois livros cujos filmes homônimos eu assisti, que são Ensaio Sobre a Cegueira (gostei) e A Guerra dos Mundos (a crítica odeia e eu marromenos).

Um ou mais livros que me fizeram refletir: foram mais do que esses, mas cito especialmente Senhor das Moscas e Ensaio Sobre a Cegueira, de novo (esse último é claramente pensado pra fazer o leitor ficar suspenso na teia de reflexões que o livro tece; né, Saramago?).

Chorar: O da biografia do Martin Luther King, o artigo escrito pela ex-esposa do Sagan em Bilhões e Bilhões, Vozes de Tchernóbil e Insana (pois é).

Rir: O Segredo, porque ele é ridículo num nível cômico.

Uma capa amada e uma capa detestada: a amada foi dO Livro das Coisas Perdidas (a resolução da imagem do link está péssima e não faz jus à beleza da capa), que é bem o tipo de capa que você fotografa pra postar no instagram, e a detestada é de Apanhador de Sonhos, com uma imagem bem feinha e confusa (um livro do King merecia mais).

Livros que abandonei: O Desafio Mundial (porque né) e Últimas Noites Perto do Rio (o início foi um marasmo só e pulei fora sem tentar muito; se alguém leu e acha que vale a pena, pode me dar um toque).

Demorei pra ler: Os Lobos, que é um livro bem denso e complexo sobre a II Guerra Mundial e que eu li no mesmo período cagado em que tava com O Desafio Mundial, e Homens Sem Mulheres, que é curtinho (duzentas e poucas páginas) e rápido, mas demorei umas duas semanas (praquele livro e com meu ritmo, esse é um tempo absurdo) pra ler porque, como dito, chutei o balde geral nos últimos dias do ano e esse foi o último livro de 2017, então...

Livros que devorei em poucos dias: olha, teve livros lidos em 1, 2, 3 dias, então meio que vários? Mas cito A Metamorfose, um dos que li em um dia (o que não é grande mérito porque ele tem só 90 e poucas páginas).

Livros que são coletâneas: foram três coletâneas de contos (Dedos de Pianista, O Amor Começa no Inverno e Homens Sem Mulheres) e uma de artigos científicos (Bilhões e Bilhões).

Uma capa amada e uma capa detestada: a amada foi dO Livro das Coisas Perdidas, que é bem o tipo de capa que você fotografa pra postar no instagram, e a detestada é de Apanhador de Sonhos, com uma ilustração bem feinha e confusa (um livro do Sthepen King merecia mais).

Livros que entraram para a minha lista de favoritos DA VIDA em 2017: Marnie, Zona Morta, O Livro das Coisas Perdidas, Ensaio Sobre a Cegueira, trilogia 1Q84, O Amor Começa no Inverno, Vozes de Tchernóbil e Insana. <3

Personagens que mais gostei: Mina Murray, de Drácula; Marnie, de Marnie; Johnny, de Zona Morta (#casacomigojohnny); a inominada Mulher do Médico, de Ensaio Sobre a Cegueira; Aomame, Tengo e Fukaeri, de 1Q84; e Bruno e Hannah, de O Amor Começa no Inverno.

Personagem que virou crush: acho que a resposta acima já deixou claro (#casacomigojohnny2).

Três piores livros do ano:

O Segredo: caaaaaaarrrrraaaaa, O Segredo foi tão zoado que ele virou uma espécie de lenda satírica da minha estante. Já falei sobre ele (e todo o meu inconformismo com a birosca) no link do título, mas pra quem estiver com preguiça, é um livro de metafísica que dita que atraímos as coisas nas quais pensamos, de um jeito totalmente místico em que as nossas forças e energias se conectam com as forças do universo, dançando juntas num arco-íris até que voilá!, você ficou rico porque o cofre de um bilionário de Abu Dhabi (sem identificação nem endereço que possibilite a devolução através dos correios) que estava sobrevoando o Brasil em seu helicóptero acabou caindo no seu quintal depois de uma turbulência (tem turbulência em helicóptero, né?) ou algo do tipo (juro). É um troço totalmente WTF assim mesmo (eu transcrevi alguns trechos na resenha, CONFIRA AQUELA JOÇA) que me deixou sem saber se eu socava minha própria cara ou gravava num CD pra dar aos meus amigos de natal (com Roberto Carlos tocando ao fundo) só pra nós podermos rir juntos.

As Variações de Lucy: gente, que decepção (falei um pouco aqui). Eu tinha lido um livro da Sara Zarr (Como Salvar Uma Vida) que virou um dos favoritos de todos os tempos, e ainda recomendo muito, então fui com toda a gana pra cima desse e quebrei a cara DEMAIS porque, mesmo para um YA despretensioso, ele é péssimo. É sobre uma pré-adolescente pianista profissional que larga a carreira depois que a avó morre e por causa da pressão absurda da família, só que NÃO SEI POR QUE RAIOS a autora inseriu um pseudo-romance entre a CRIANÇA e o novo professor de piano de seu irmão, UM HOMEM CASADO DE 33 ANOS. A coisa não vai pra frente e não dá pra saber se tá tudo na cabeça da menina, mas há uns momentos de flertes muito bizarros que me deixaram com cara de WHAT THE HELL IS GOING ON HERE?!?! Não leiam essa droga jamais.

Mar Inquieto: (falei um pouco aqui) esse ficou numa competição forte com O Homem Invisível (primeiro livro do Wells que eu li, cuja escrita, embora eu diga que seja ''boa'' na resenha, passou bem longe de me encantar, e a cada livro seu fico mais convicta de que ele ''não é pra mim''), porque ambos me acrescentaram a mesmíssima quantidade de vários nadas durante a leitura. Eu terminei e fiquei ?/??????? Só que O Homem Invisível, embora fique MUITO longe de virar um favorito meu, ainda tem um certo conteúdo e até uma mensagem. Mar Inquieto não tem isso. Ele foi tão, tão vazio de qualquer significado, e isso aliado a uma escrita que não me cativou nem um pouco, que eu realmente cheguei no final e disse aquele ''putz...'' desanimado, frustrado e seco que parte o coração de qualquer um, sabe? Hahaha (droga). Enfim, não leiam. É perda de tempo.

E, finalmente, os três melhores livros do ano (na ordem em que os li):

Ensaio Sobre a Cegueira: uma epidemia de natureza desconhecida toma conta do mundo e deixa as pessoas (todas elas, com exceção da Mulher do Médico) cegas, fazendo com que muitas sejam confinadas em quarentena pelo exército, situação em que conhecemos mais a fundo nossos protagonistas. Mas, naturalmente, nenhuma estratégia dá certo e a sociedade entra em colapso, fazendo com que as pessoas comecem a lutar pela sobrevivência como num verdadeiro Jogo Voraz. Esse foi o cenário que Saramago usou para dissecar de maneira magistral vários problemas sociais, de ordem individual e coletiva, de uma forma tão visceral e escrachada que chega a doer, porque cada leitor vê muito do próprio mundo retratado ali. 
Ensaio Sobre a Cegueira é um livro que nos diz e mostra coisas, e fica claro que Saramago tinha a intenção de cutucar várias feridas com essa obra - coisa que ele conseguiu, porque não ganhou um Nobel de Literatura à toa.
Esse é mais um daqueles livros pra você ler antes de morrer, vai por mim.

Contato: uma astrônoma que sempre acreditou na existência de vida extraterrestre inteligente trabalhava numa estação espacial buscando indícios (mensagens, mais precisamente) que pudessem embasar suas hipóteses, até que ela de fato detecta um conjunto de códigos sendo transmitidos através de rádio (a substância), vindos da constelação de Vega, numa mensagem que, antes mesmo de ser decodificada pelos maiores matemáticos do mundo, sabe-se que não poderia estar rondando pelo espaço cideral por obra do acaso. E assim a vida de Ellie e a existência de toda a humanidade viram de ponta cabeça por causa das implicações desse contato que dá nome ao livro.
Sagan usa esse plot para escrever uma das melhores obras de ficção científica de todos os tempos, unindo a literatura como lazer ao instrumento de questionamentos, introduzindo uma série de questões que cercam o imaginário comum desde que o mundo é mundo, com perguntas a respeito da origem do universo, vida pós-morte, sentido da vida, existência ou não de entidades divinas que criaram isso que a gente chama de Tudo com "t" maiúsculo, além, é claro, de nos questionar sobre vida e inteligência extraterrestre.
Quando terminei o livro, talvez por falta de delicadeza, não tive instantaneamente A Certeza de que ele estaria entre os três melhores do ano, mas depois de 50 livros lidos e um bom olhar em retrospecto, toda a maravilhosidade dessa obra ficou gritantemente evidente na estante de 2017, tal como todos os elementos incríveis e a qualidade inegável que fizeram-na se destacar entre outros 49 livros. (E acho que ele tem o meu final favorito do ano. ❤)
Por isso, elenco Contato no TOP 3 do ano com a certeza e a paz do que é certo.

Vozes de Tchernóbil: já esse livro eu concluí pensando QUE LIVRÃO DA POR** certo que entra nos 3 melhores do ano, sem esforço algum (também foi mais fácil deduzir isso porque foi lido em dezembro, mas enfim, não vamos estragar o brilho). Svetlana Aleksiévitch (um dia vou aprender a escrever o sobrenome sem olhar no google, amém) é uma jornalista russa incrível que tem diversos livros-reportagem publicados, geralmente contando histórias ou expondo personagens que permaneceram ocultos do conhecimento geral por muito tempo (e que infelizmente assim continuam para muitos até hoje). Nessa obra ela segue a mesma fórmula (que é mais a pungente necessidade de contar histórias, comum aos que nasceram para escrever, do que uma fórmula) para nos revelar narrativas escondidas (e, depois de mais de 30 anos, já esquecidas) de pessoas vítimas da acidental explosão radiativa ocorrida na usina nuclear de Chernobyl. Conhecemos todo tipo de pessoas aqui, e mais do que um relato sobre um evento isolado e catastrófico, Vozes nos mostra retratos fiéis da raça humana como um todo, através de diversos recortes que partem o coração da gente e nos fazem ficar parados encarando a parede, o céu ou a árvore mais próxima pensando em como as coisas são, a vida é e nós somos, com todas as nossas tristezas, dores e pequenos e grandes desastres.
Svetlana também ganhou um merecidíssimo Nobel de Literatura, e mesmo que você seja uma daquelas pessoas que não dão credibilidade alguma a grandes prêmios, e mesmo que eu só tenha lido esse livro da escritora, posso te dizer que a academia acertou e muito ao escolhê-la, porque Vozes de Tchernóbil também é, sem dúvida, outro livro que você precisa ler antes de morrer. Todos nós precisamos.

E depois do TOP 3, encerro essa retrospectiva com uma citação que ficou no meu coração:

''A liberdade é o mais empolgante dos terrores da vida.''
-O Amor Começa no Inverno, Simon Van Booy

Keep reading!

Essa retrospectiva tem categorias inspiradas em várias retrospectivas literárias que vi em diversos blogs diferentes, alguns dados do skoob e algumas categorias pensadas por mim.
(Vou tentar organizar melhor as categorias até ano que vem, porque algumas me passaram uma impressão confusa e esse tipo de coisa tosca faz com que eu perca o sono à noite, porque meu cérebro é loko.)

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