Embora esse texto gire bastante em torno de um livro, o quarto volume da série Millennium (eterna dona do meu coração, amém), A Garota na Teia de Aranha, ele não é uma resenha, e sim mais um apanhado de impressões e críticas pobres que me ocorreram durante a leitura e um pouco da minha história com essa saga.
Eu tenho toda uma relação de amor, carinho e afeto com Millennium, e como já disse aqui, preciso dedicar todo o espaço devido a ela em quantas postagens eu conseguir escrever a respeito sem soar pedante ou excessiva. Uma (mas certamente não a última, porque a série não acabou) dessas postagens é essa aqui.
Stieg Larsson, esse jornalista e escritor fantástico, criou uma das melhores séries de todos os tempos e certamente A Melhor Personagem Feminina Que Já Existiu (isso não é um palpite, é um fato): Lisbeth Salander.
Lisbeth é uma guria punk de estilo alternativo nada convencional, cheia de piercings e tatuagens, e com uma personalidade que foge ainda mais à regra: ela é extremamente fechada e reclusa, não fala nada se não for estritamente necessário, não vive pra corresponder às expectativas de ninguém e está 100% nem aí para o que o mundo pensa dela - coisa que, ironicamente, parece gerar incômodo em quase todos que a cercam. Além disso, Lisbeth tem ainda outra característica notável: um cérebro extremamente sagaz, lógico, analítico e de raciocínio rápido que lhe garante uma gama de talentos exclusivos. Lisbeth tem síndrome de asperger, memória eidética e uma habilidade sem igual com códigos, séries e números. Ela é uma hacker imbatível e inigualável que não pode ser detida por nenhum programa de segurança criptografado instalado para proteger os arquivos e informações de qualquer aparelho tecnológico; ninguém consegue ser melhor do que ela nisso e é assim que ela ganha a vida, acessando todas as informações que deseja conhecer, de forma não muito ortodoxa.
Eu tenho toda uma relação de amor, carinho e afeto com Millennium, e como já disse aqui, preciso dedicar todo o espaço devido a ela em quantas postagens eu conseguir escrever a respeito sem soar pedante ou excessiva. Uma (mas certamente não a última, porque a série não acabou) dessas postagens é essa aqui.
Stieg Larsson, esse jornalista e escritor fantástico, criou uma das melhores séries de todos os tempos e certamente A Melhor Personagem Feminina Que Já Existiu (isso não é um palpite, é um fato): Lisbeth Salander.

Essas características já bastariam para que ela fosse uma personagem consagrada em toda a história da literatura contemporânea nos nossos coraçõezinhos, mas além disso Lisbeth tem uma trajetória de vida trágica, complexa e interessante, que se desenvolve ao longo da série e nos toca e instiga a cada nova revelação, especialmente quando descobrimos sobre seu passado atípico.
O outro protagonista é Mikael Blomkvist, um jornalista investigativo e co-fundador da revista Millennium, publicação popular em toda a Suécia graças a seus furos e denúncias exclusivas e polêmicas. Ele é um cara incrível com quem eu (e você também, aposto) adoraria tomar um café. Esperto, bem humorado, educado e gentil (#eupegava), é uma das únicas pessoas que Lisbeth tolera.
Não demora muito para que os dois se unam por interesses em comum e se engajem na luta por ideais e direitos ameaçados. Todo fã de Millennium fica viciado na química dessa dupla que não é um casal.
E foi com essa fórmula, um enredo complexo e inteligente e talento puro que Larsson escreveu os primeiros três volumes da série: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, A Menina Que Brincava Com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar.
Devorei os três como quem precisa da leitura pra sobreviver e me apaixonei. Quis mais, claro, mas como eu já havia visto a série ser classificada como trilogia em alguns artigos, e como o terceiro livro termina de maneira a dar espaço a um maior desenvolvimento da história, mas sem deixar muitas lacunas ou a impressão de incompletude, me tranquilizei e fiquei relativamente satisfeita, achando que a saga tinha sido de fato concluida em seu terceiro livro...
Até ver, numa publicação no facebook, tempos depois, que Stieg Larsson havia morrido com um ataque cardíaco sem poder concluir a série que ~e essa é a parte que mais racha meu coração de todas as maneiras possíveis~ SERIA ESCRITA POR ELE ATÉ O VOLUME 10.
*Esse é o momento em que a gente GRITA de desespero e aflição.*
Obviamente fiquei inconsolável e sem querer acreditar no que tinha lido, querendo berrar aos quatro ventos que MEU PAI QUERIDO NÃO PODE UMA COISA DESSAS SOCORRO ALGUÉM ME DIZ COMO LIDAR.
Carreguei essa ferida no meu coração desde 2013 (mds), quando li a série no auge dos meus 13 anos (mds). Stieg (amo você, seja lá onde estiver) tinha morrido antes de poder concluir a saga, concretizando o pior pesadelo de qualquer leitor fanático - grupo no qual eu me enquadrava com todo o direito. Ele não estava doente, debilitado, tirando férias ou dando uma pausa na carreira de escritor, não; tinha MOR-RI-DO. Ou seja: JÁ-E-RA. Qualquer esperança foi estraçalhada antes de poder tomar sequer um primeiro fôlego de vida.
Devorei os três como quem precisa da leitura pra sobreviver e me apaixonei. Quis mais, claro, mas como eu já havia visto a série ser classificada como trilogia em alguns artigos, e como o terceiro livro termina de maneira a dar espaço a um maior desenvolvimento da história, mas sem deixar muitas lacunas ou a impressão de incompletude, me tranquilizei e fiquei relativamente satisfeita, achando que a saga tinha sido de fato concluida em seu terceiro livro...
Até ver, numa publicação no facebook, tempos depois, que Stieg Larsson havia morrido com um ataque cardíaco sem poder concluir a série que ~e essa é a parte que mais racha meu coração de todas as maneiras possíveis~ SERIA ESCRITA POR ELE ATÉ O VOLUME 10.
*Esse é o momento em que a gente GRITA de desespero e aflição.*
Obviamente fiquei inconsolável e sem querer acreditar no que tinha lido, querendo berrar aos quatro ventos que MEU PAI QUERIDO NÃO PODE UMA COISA DESSAS SOCORRO ALGUÉM ME DIZ COMO LIDAR.

Me contorci de agonia (estramos dramáticos hoje) imaginando se ele teria deixado alguma anotação sobre a continuidade da série, e até onde (talvez volume 5, 8 ou, POR FAVOR DEUS, 10...) essas notas teriam ido, mas acabei sepultando todas as minhas expectativas porque a vida continua, Carolina, siga firme, PLMDDS.
E então eis que surge a notícia de que a série teria continuidade pelas mãos do também jornalista e sueco, David Lagercrantz - ser humaninho sobre o qual eu jamais havia ouvido falar, mas tudo bem, tá envolvido com Millennium, merece toda a minha atenção.
A princípio, devo dizer, não me interessei muito; eu respeito demais o universo criado por cada escritor e às vezes me parece uma heresia tentar continuá-lo após a morte de seu idealizador. É bobagem? Talvez, mas é o que sinto. Então nem pensei em continuar lendo a série. Mas A Garota na Teia de Aranha começou a me encarar demais na estante da biblioteca nos últimos meses, e só em pensar em poder ficar mais um tempinho na companhia de Mikael e Lisbeth eu sentia o coração quentinho. E, bom, claro que eu queria saber até onde iam meus (são meus, sim, desculpa) personagens queridos. Então trouxe pra casa e li o quarto volume da série, o primeiro a não ser escrito por Larsson.
Durante todo o processo fiquei especulando sobre quanto daquilo teria sido pensado e desenvolvido pelo próprio Larsson em vida, e quanto tinha sido, de fato, invenção de David (porque sem condições de digitar aquele sobrenome); por essas razões e outras mais, é curioso, um caso à parte, engatar esse tipo de leitura, com um universo que acaba sendo compartilhado por dois escritores em épocas diferentes.
Imagino que qualquer fã vá ler A Garota na Teia de Aranha com uma postura crítica e uma pontinha de reserva, na expectativa de descobrir como David complementou o que Larsson tinha começado.
Devo dizer que nesse quarto volume da série a estruturação do enredo e da narrativa continua tão complexa quanto com Larsson. Há uma história sólida se desenvolvendo e todos os personagens, informações e detalhes inseridos nela são muito bem arquitetados e nítidos; em suma, nenhum crítica negativa muito significativa à legitimidade da narrativa de David conseguiria se sustentar por muito tempo: ele desenvolveu a coisa muito bem. Mas existem algumas considerações a serem feitas, sim, como não poderia deixar de ser.
A representatividade feminina, centrada especialmente na figura (da fodelástica) de Lisbeth, era algo muito importante para Larsson, e o grito contra o patriarcado se faz audível e ressonante em praticamente todos os capítulos dos três primeiros livros. Pra quem não sabe, o autor testemunhou um estrupo coletivo quando era mais jovem, e não ter feito nada pela moça que foi vítima dos desgraçados envolvidos o marcou demais. A construção de Lisbeth foi influenciada em grande parte por essas marcas - ela é uma mulher incrível, forte, inteligente e, principalmente, perfeitamente capaz. Ela é capaz sozinha, por si mesma. Capaz de se defender, capaz de construir uma vida, de suprir as próprias necessidades, de pensar por si própria, de sobreviver.
Um dos meus maiores receios com a continuação de Millennium nas mãos de outro escritor era a possibilidade de a importância de Lisbeth na história ser minimizada ou, mesmo, desprezada. Eu fiquei umas boas dezenas de páginas com medo de que isso realmente estivesse acontecendo, porque até a página 200 (de 400 e poucas), Lisbeth ainda não tinha tido um grande momento de protagonismo no livro. Como eu já havia lido os três primeiros volumes há anos, não pude estabelecer um parâmetro entre o protagonismo dela na trilogia inicial comparado à sua atuação nesse quarto livro, porque eu não lembrava bem quanto da história havia sido desenvolvida pelos olhos de Lisbeth e de Mikael, respectivamente. Mas embora eu tenha sentido falta de mais cenas em que Salander monopoliza as atenções no início do livro (essa demora pode ser entendida ao observarmos a imensa quantidade de personagens através dos quais o livro é desenvolvido; são MUITOS e é difícil dar total atenção a todo mundo), ela, como não poderia deixar de ser, indiscutivelmente conquista o posto de grande heroína mais uma vez, com o devido mérito, porque o desfecho seria irrealizável sem a enorme e significativa intervenção dela.
Nossa menina continua mandando ver.
Outra coisa a observar é a mudança nos nossos protagonistas; uma consequência natural da troca de seus progenitores, devemos reconhecer. A postura dane-se da Lisbeth foi um pouquinho suavizada. Em essência ela não sofreu grandes alterações, mas há uma pontinha aqui, outra ali que está um pouco modificada. Os comentários que ela faz, a forma com que se dirige a algumas pessoas... Há uma mudança de tom, podemos dizer assim.
Mikael também mudou um pouco; aquele humor sarcástico que a gente sentia emanando dele em cada trecho sumiu. Ele está mais sério e aquela energia jovial com que ele preenchia as páginas não está mais lá - pelo menos eu não a encontrei tanto quanto antes. Lembro que eu lia Mikael em Millennium pensando que (quem nunca) se ele existisse, seria um cara por quem eu provavelmente me apaixonaria fácil, e esse sentimento não se repetiu na leitura do volume quatro.
Tenho que admitir que as mudanças nas personalidades deles, percebidas de maneira sutil (sério, não é nada estarrecedor que destrua o clima e nos faça esquecer quem eles são), me doeram, sim, porque eu amava DEMAIS aquela dupla construída por Larsson e a preferia em sua forma original. Houveram trechos e diálogos desse último livro que eu lia e pensava que não, Lisbeth não diria algo assim, nem Mikael, e eles também não fariam tal coisa exatamente assim; estão mudados... Algumas coisas - especialmente diálogos, e não apenas entre os protagonista - soavam um tanto superficiais, armadas, sabe?
E então eis que surge a notícia de que a série teria continuidade pelas mãos do também jornalista e sueco, David Lagercrantz - ser humaninho sobre o qual eu jamais havia ouvido falar, mas tudo bem, tá envolvido com Millennium, merece toda a minha atenção.
A princípio, devo dizer, não me interessei muito; eu respeito demais o universo criado por cada escritor e às vezes me parece uma heresia tentar continuá-lo após a morte de seu idealizador. É bobagem? Talvez, mas é o que sinto. Então nem pensei em continuar lendo a série. Mas A Garota na Teia de Aranha começou a me encarar demais na estante da biblioteca nos últimos meses, e só em pensar em poder ficar mais um tempinho na companhia de Mikael e Lisbeth eu sentia o coração quentinho. E, bom, claro que eu queria saber até onde iam meus (são meus, sim, desculpa) personagens queridos. Então trouxe pra casa e li o quarto volume da série, o primeiro a não ser escrito por Larsson.
Durante todo o processo fiquei especulando sobre quanto daquilo teria sido pensado e desenvolvido pelo próprio Larsson em vida, e quanto tinha sido, de fato, invenção de David (porque sem condições de digitar aquele sobrenome); por essas razões e outras mais, é curioso, um caso à parte, engatar esse tipo de leitura, com um universo que acaba sendo compartilhado por dois escritores em épocas diferentes.
Imagino que qualquer fã vá ler A Garota na Teia de Aranha com uma postura crítica e uma pontinha de reserva, na expectativa de descobrir como David complementou o que Larsson tinha começado.
Devo dizer que nesse quarto volume da série a estruturação do enredo e da narrativa continua tão complexa quanto com Larsson. Há uma história sólida se desenvolvendo e todos os personagens, informações e detalhes inseridos nela são muito bem arquitetados e nítidos; em suma, nenhum crítica negativa muito significativa à legitimidade da narrativa de David conseguiria se sustentar por muito tempo: ele desenvolveu a coisa muito bem. Mas existem algumas considerações a serem feitas, sim, como não poderia deixar de ser.
A representatividade feminina, centrada especialmente na figura (da fodelástica) de Lisbeth, era algo muito importante para Larsson, e o grito contra o patriarcado se faz audível e ressonante em praticamente todos os capítulos dos três primeiros livros. Pra quem não sabe, o autor testemunhou um estrupo coletivo quando era mais jovem, e não ter feito nada pela moça que foi vítima dos desgraçados envolvidos o marcou demais. A construção de Lisbeth foi influenciada em grande parte por essas marcas - ela é uma mulher incrível, forte, inteligente e, principalmente, perfeitamente capaz. Ela é capaz sozinha, por si mesma. Capaz de se defender, capaz de construir uma vida, de suprir as próprias necessidades, de pensar por si própria, de sobreviver.

Nossa menina continua mandando ver.
Outra coisa a observar é a mudança nos nossos protagonistas; uma consequência natural da troca de seus progenitores, devemos reconhecer. A postura dane-se da Lisbeth foi um pouquinho suavizada. Em essência ela não sofreu grandes alterações, mas há uma pontinha aqui, outra ali que está um pouco modificada. Os comentários que ela faz, a forma com que se dirige a algumas pessoas... Há uma mudança de tom, podemos dizer assim.
Mikael também mudou um pouco; aquele humor sarcástico que a gente sentia emanando dele em cada trecho sumiu. Ele está mais sério e aquela energia jovial com que ele preenchia as páginas não está mais lá - pelo menos eu não a encontrei tanto quanto antes. Lembro que eu lia Mikael em Millennium pensando que (quem nunca) se ele existisse, seria um cara por quem eu provavelmente me apaixonaria fácil, e esse sentimento não se repetiu na leitura do volume quatro.
Tenho que admitir que as mudanças nas personalidades deles, percebidas de maneira sutil (sério, não é nada estarrecedor que destrua o clima e nos faça esquecer quem eles são), me doeram, sim, porque eu amava DEMAIS aquela dupla construída por Larsson e a preferia em sua forma original. Houveram trechos e diálogos desse último livro que eu lia e pensava que não, Lisbeth não diria algo assim, nem Mikael, e eles também não fariam tal coisa exatamente assim; estão mudados... Algumas coisas - especialmente diálogos, e não apenas entre os protagonista - soavam um tanto superficiais, armadas, sabe?
Doeu um pouco, sim; mas eu também sou compreensiva e sei que precisamos encarar os fatos: ninguém além do prórpio Larsson é o Larsson, e não dá pra pedir que alguém reproduza histórias e pessoas (mais do que personagens) exatamente da maneira que ele os conceberia. É ingênuo querer cobrar isso do David, então não cobro - porque a tragédia seria se ele sepultasse tudo (com uma atenção especial aos protagonistas, aqui) o que Larsson edificou no universo de Millennium, e não é isso que acontece (GRAZADEUS AMÉM).
Além disso, há uma outra questão na qual pensar: se Lagercrantz se prendesse a uma reprodução tão exata quanto possível do que Larsson já havia interpretado no universo da série, ele seria reduzido a um mero plagiador sem originalidade; se ele não se preocupasse em seguir algumas mínimas convenções já estabelecidas pelo primeiro escritor no que concerne ao estilo e ritmo da narrativa, por outro lado, seria muito criticado e acusado de desrespeitar tudo o que Larsson criou e com o que conquistou a admiração dos fãs. É como diz aquele velho ditado: entre a cruz e a espada.
Para alguém que encarou esse desafio debaixo de uma pressão enorme produzida por todo o mercado editorial (Millennium foi um sucesso sem precedentes em seu país) e uma horda de fãs em expectativa, eu diria que David (não consigo deixar de sentir uma afinidade que não tenho falando ''David'', mas né, aquele sobrenome é sacanagem) se saiu muito bem; mais que bem, na verdade: eu devorei o livro, exatamente como fiz com os primeiros três.
A complexidade da estrutura do quarto livro é admirável, e todos os pontos levantados na trama se sustentam muito bem. Não está impecável (como Larsson foi durante a trilogia, sempre impecável), mas está ótimo e merece aceitação, sim; as falhas (se é que posso chama-las assim) são justificáveis pela mudança da mente por trás de cada linha, que não poderia se igualar a sua predecessora.
Em suma, David Lagercrantz conseguiu meu respeito e aprovação - além de uma recomendação nesse blog despretensioso.
E é muito bom poder dizer que Lisbeth e Mikael estão de volta para ficar.
Para alguém que encarou esse desafio debaixo de uma pressão enorme produzida por todo o mercado editorial (Millennium foi um sucesso sem precedentes em seu país) e uma horda de fãs em expectativa, eu diria que David (não consigo deixar de sentir uma afinidade que não tenho falando ''David'', mas né, aquele sobrenome é sacanagem) se saiu muito bem; mais que bem, na verdade: eu devorei o livro, exatamente como fiz com os primeiros três.
A complexidade da estrutura do quarto livro é admirável, e todos os pontos levantados na trama se sustentam muito bem. Não está impecável (como Larsson foi durante a trilogia, sempre impecável), mas está ótimo e merece aceitação, sim; as falhas (se é que posso chama-las assim) são justificáveis pela mudança da mente por trás de cada linha, que não poderia se igualar a sua predecessora.
Em suma, David Lagercrantz conseguiu meu respeito e aprovação - além de uma recomendação nesse blog despretensioso.
E é muito bom poder dizer que Lisbeth e Mikael estão de volta para ficar.
*As fotos dos três primeiros livros (aka as fotos ruins) foram tiradas em 2013, quando li Millennium pela primeira vez. Esse blog nem existia ainda, mas eu sabia que um dia iria falar ou escrever sobre a saga e precisaria de imagens pra ilustrar. ;)
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