Em dezembro relaxei um pouco na vida - e as leituras, principalmente, seguiram o mesmo fluxo. Com a molezite aliada a uma rotina mensal relativamente movimentada por causa de natal, réveillon e as correrias habituais de fim de ano, o saldo de livros lidos e filmes/séries assistidos não foi dos mais cheinhos.
Lidos
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De Siobelee.art |
Eu fiquei MUITO feliz em ler um livro da Svetlana porque há tempos queria conhecer o trabalho dessa mulher incrível e ela não me decepcionou nem um pouquinho. LEIAM JÁ, TODOS VOCÊS. (Esse também foi o livro do qual mais gravei e transcrevi trechos pro tumblr desde que criei a conta lá. Foram 50 trechos guardados que me exigiram DUAS HORAS de vida folheando as páginas pra encontrar meus grifos e passando tudo pro tumblr pelo celular.)
Insana também foi muito ótimo. História incrível de conhecer e escrita linda de ler.
Susannah é uma jornalista do Post e eu não sei se ela tem outros livros, mas torço muito para que a carreira de romancista da criatura não acabe aqui, porque me apaixonei pela escrita da mulher. <3
Por outro lado, sobre A Abadia de Northanger: fuen fuen fuen fuen total mais uma vez com a Jane Austen.
Nas primeiras vezes em que fui "reclamar" dela, ao ler Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito (PELO. AMOR. DO. PAI. alguém me explica o que as jovens veem no Mr. Darcy, por favor, porque toda vez que vejo alguém babando por ele como se fosse o cara dos sonhos eu concluo que devo ter alguma disfunção mental por discordar TANTO de todas nesse sentido), fiquei bem receosa. Afinal de contas, é A Jane Austen, amada por todos.
Mas olha, nessa terceira e obstinada tentativa de me encantar com a escritora, em que falhei miseravelmente de um jeito cabal MAIS UMA VEZ, eu tô é com raivinha. Frustração extrema com os livros dessa mulher, cês me desculpem (ou não, não dou a mínima).
Eles são muito bem escritos e impecáveis em sua construção, e se percebe aquele humor subliminar e satírico (que eu gosto) da Jane Austen por trás de cada linha, mas Eles. Não. Me. Dizem. Absolutamente. Nada.
Eu termino os livros e fico ?¿?¿?¿ Era pra isso me tocar de alguma forma? Me envolver? Qual foi a intenção aqui? Porque eu não peguei nada...
Fico completamente cagando pros personagens e pro rumo da história e se uma bomba explodisse tudo eu ia flexionar os ombros um pouquinho com cara de "fazer o quê?" e seguiria minha vida na completa paz.
Acho os personagens absurdamente chatos e insuportáveis. Quando falei de Orgulho e Preconceito, eu disse que se a intenção da Jane Austen era ridicularizar os hábitos e personalidades de sua época, ela foi completamente bem sucedida na tarefa, porque eu leio seus livros querendo mandar todo aquele povinho besta e mesquinho ir pra longe. Essa vontade se repetiu nessa terceira leitura.
O dramatismo exacerbado também acaba sendo um porre. É uma identidade narrativa de algumas dessas obras mais antigas e clássicas (se você ler Dracula ou Frankenstein, por exemplo, vai ver que os personagens são fatalistas num nível teatral que, hoje em dia, flerta com a comicidade), e sei lidar com isso de maneira compreensiva de modo geral, mas nos livros da Jane esse traço só consegue me cansar.
Eu ainda quero ler seus outros títulos restantes (sei lá por que tenho essa meta como leitora, "ler todos os livros da Jane Austen"), mas isso não vai ocorrer tão cedo, porque no momento tô com muita preguiça mental da mulher.
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SIM |
Acho essas coletâneas de contos de romancistas um pouco perigosas, porque geralmente elas me passam a impressão de que são uma junção de várias ideias que o escritor teve mas não achou onde colocar, então acabou criando um conto meio inconclusivo e vago pra cada uma, de um jeito que não convence muito.
Com esse livro do Murakami essa impressão me acometeu algumas vezes, mas não com todos os contos, e de maneira geral gostei de ter lido mais alguma coisa dele além da trilogia 1Q84. Ainda pretendo repetir a dose. :)
Uma Nova Chance Para Amar
Uma mulher de idade perde o marido de décadas que morre afogado, e enquanto se recupera da perda do grande amor da vida, ela acaba encontrando um homem fisicamente idêntico ao falecido parceiro, que também enfrenta uma situação delicada. Os dois iniciam um relacionamento, sem que ele saiba de sua semelhança com o antigo marido da nova namorada, mas as coisas começam a se complicar quando ela fica suspensa entre a realidade e a vontade de ter o marido morto de volta, flutuando entre o real e a ilusão que beira à loucura.
É um filme bem sensível, mas não vai mudar sua vida. Eu não diria pra investir um tempo precioso nele e não é o tipo de coisa que valeria a pena pagar pra ver no cinema, mas se estiver dando no corujão e você não estiver com um pingo de sono (#eu), assista.
Mas o complicado é que o filme nos faz torcer pelos personagens e aí... Enfim. =/
Anyway, quero envelhecer como a Annette Bening e ter um marido que envelheça como o Ed Harris, AMÉM.
Guardiões da Galáxia
AMO filmes de heróis e tava querendo assistir desde que vi a Emi falando sobre (mas ainda não vi o dois! =/), além de só ter ouvido críticas ótimas a respeito do filme.
Eu tava achando aquele grupoimpossível atípico de um guaxinim falante, bicho-árvore (?), ETÉIA (?) verde, ET musculoso e um único humano uma mistura WTF demais (quer dizer, um guaxinim falante? Sério isso?), mas como todo mundo que se apaixonou pelo filme, a variedade absurda do grupo foi o que acabou me encantando.
O enredo segue uma fórmula bem clichê (um grupo inicialmente antipático que se une para defender a galáxia da destruição completa), mas a gente acaba não sentindo que já viu aquilo um milhão de vezes e que é só mais uma história como muitas outras, porque ele tem uma direção e elementos específicos únicos.
Gostei muito dessa nova trupe de heróis que tá tomando conta do cinema e do coração das pessoas e QUERO MAIS.
O único probleminha foi que, por falta de opção, eu vi na globo (raise your hands se você também tava sintonizado no 12 na última segunda só por esse filme), e mesmo sem conhecer a versão com áudio original deu pra perceber que a dublagem ESTRAÇALHOU grande parte do brilho da coisa. Quer dizer, sério que colocaram aquela voz no Michael Rooker (o Merle de TWD)? Vocês fumaram crack?!
Preciso ver em inglês urgente pra poder manter minhas esperanças no mundo.
AMO filmes de heróis e tava querendo assistir desde que vi a Emi falando sobre (mas ainda não vi o dois! =/), além de só ter ouvido críticas ótimas a respeito do filme.
Eu tava achando aquele grupo
O enredo segue uma fórmula bem clichê (um grupo inicialmente antipático que se une para defender a galáxia da destruição completa), mas a gente acaba não sentindo que já viu aquilo um milhão de vezes e que é só mais uma história como muitas outras, porque ele tem uma direção e elementos específicos únicos.
Gostei muito dessa nova trupe de heróis que tá tomando conta do cinema e do coração das pessoas e QUERO MAIS.
O único probleminha foi que, por falta de opção, eu vi na globo (raise your hands se você também tava sintonizado no 12 na última segunda só por esse filme), e mesmo sem conhecer a versão com áudio original deu pra perceber que a dublagem ESTRAÇALHOU grande parte do brilho da coisa. Quer dizer, sério que colocaram aquela voz no Michael Rooker (o Merle de TWD)? Vocês fumaram crack?!
Preciso ver em inglês urgente pra poder manter minhas esperanças no mundo.
Downton Abbey
Terminei as duas últimas temporadas da série esse mês.
Ela não virou uma favorita da vida, mas tem uma qualidade inegável em todos os aspectos, gostei muito, recomendo e ela é, sim, uma queridinha.
Já falei sobre o enredo aqui, então nesse post me limito a impressões mais particulares que só quem também assistiu vai identificar, porque preciso extravasar:
GAÇAZADEUS deram um desenvolvimento digno pra Edith ao longo da série, porque seria um crime deixá-la só como a irmã com poucos atrativos e meio ciumenta porque não é tão linda e não parece tão interessante quanto Mary e Sybil, como vimos na primeira temporada.
Quem sofreu mais, a Edith ou o casal Bates? Eis a questão. Nunca entraremos em consenso.
SEN. HOR. a chuva de desgraçamento daquela terceira temporada, hein, meuzamigos.
Ainda não sei se gosto ou se reviro os olhos pro Mr. Carson.
Terminei as duas últimas temporadas da série esse mês.
Ela não virou uma favorita da vida, mas tem uma qualidade inegável em todos os aspectos, gostei muito, recomendo e ela é, sim, uma queridinha.
Já falei sobre o enredo aqui, então nesse post me limito a impressões mais particulares que só quem também assistiu vai identificar, porque preciso extravasar:
GAÇAZADEUS deram um desenvolvimento digno pra Edith ao longo da série, porque seria um crime deixá-la só como a irmã com poucos atrativos e meio ciumenta porque não é tão linda e não parece tão interessante quanto Mary e Sybil, como vimos na primeira temporada.
Quem sofreu mais, a Edith ou o casal Bates? Eis a questão. Nunca entraremos em consenso.
SEN. HOR. a chuva de desgraçamento daquela terceira temporada, hein, meuzamigos.
Ainda não sei se gosto ou se reviro os olhos pro Mr. Carson.
Mas o Barrow ainda deve ser o personagem de toda a história da dramaturgia moderna que mais conseguiu dividir meu coração e levá-lo a oscilações dignas de uma montanha russa do parque da Disney em Orlando (mas Beto Carrero: meu coração ainda é seu).
Gostei do final. Achei digno, achei justo, achei lindo.
Gostei do final. Achei digno, achei justo, achei lindo.
Mad Men
Olhei a terceira temporada de Mad Men esse mês, depois de me arrastar como uma condenada pelas duas primeiras.
A série ainda não me fisgou, mas estou conseguindo me envolver mais, sim.
Mad Men tem um ritmo mais arrastado e lânguido, então não acho que seja bem uma série pra se maratonar, vendo sete episódios por dia; pode ser cansativo demais (talvez esse tenha sido meu erro com Gilmore Girls e por isso saí da maratona EM COMA, mas enfim, tarde demais pra me queixar...).
Eu estava planejando assistir aos episódios esporadicamente (ainda assisto com calma, cerca de um episódio por dia, bem diferente da insanidade com que vi Stranger Things, por exemplo), intercalando com outras séries, mas comecei a escrever sobre Mad Men e percebi que teria agonia de publicar o texto (já finalizado) sem ter concluído a série antes; eu ficaria com a impressão de deixar pontas soltas ou algo do tipo. Então estou terminando de assistí-la, e nossa relação está um pouco mais harmônica e empolgante do que foi nas duas primeiras temporadas. ;)
Como também já falei do enredo por aqui, não vou me alongar nisso de novo. Mas caso surja interesse, a wikipedia está aí pra salvar nossa vidas como sempre.
Olhei a terceira temporada de Mad Men esse mês, depois de me arrastar como uma condenada pelas duas primeiras.
A série ainda não me fisgou, mas estou conseguindo me envolver mais, sim.
Mad Men tem um ritmo mais arrastado e lânguido, então não acho que seja bem uma série pra se maratonar, vendo sete episódios por dia; pode ser cansativo demais (talvez esse tenha sido meu erro com Gilmore Girls e por isso saí da maratona EM COMA, mas enfim, tarde demais pra me queixar...).
Eu estava planejando assistir aos episódios esporadicamente (ainda assisto com calma, cerca de um episódio por dia, bem diferente da insanidade com que vi Stranger Things, por exemplo), intercalando com outras séries, mas comecei a escrever sobre Mad Men e percebi que teria agonia de publicar o texto (já finalizado) sem ter concluído a série antes; eu ficaria com a impressão de deixar pontas soltas ou algo do tipo. Então estou terminando de assistí-la, e nossa relação está um pouco mais harmônica e empolgante do que foi nas duas primeiras temporadas. ;)
Como também já falei do enredo por aqui, não vou me alongar nisso de novo. Mas caso surja interesse, a wikipedia está aí pra salvar nossa vidas como sempre.
Links, LINKS EVERYWHERE
-Começo com a autopromoção descarada linkando meu perfil no CuriousCat, que (re)fiz recentemente, porque é necessário ter um lugar mais prático que o email e a caixa de comentários pra me comunicar com quem aparece por aqui. Acho que todo mundo da interneta devia ter um espaço assim principalmente as pessoas com que quero ter conversas mais longas mas não tenho ousadia o suficiente pra pedir o whats nem força de vontade pra mandar um email. É pra conversas toscas mesmo que eu criei a bagaça, então sigo firme.
-A JoutJout fez um vídeo falando sobre como ela repudiou o rosa por muito tempo porque era uma cor associada ao feminino, hostilizada por ela, que não se sentia nada feminina. Me identifiquei DEMAIS lembrando da verdadeira INQUISIÇÃO que fiz contra as peças rosas do meu guarda-roupa quando tinha uns 13 anos. Só tenho uma peça rosa hoje em dia (que ganhei) e ainda detesto a cor, mas agora por questão estética e não ideológica. ;)
-Embora livros sejam a MINHA VIDA, só recentemente me aventurei por alguns canais literários. O Literature-se tem sido um dos meus favoritos e essa foi a melhor crítica de Lolita que já vi. (Ainda vou escrever sobre esse livro por aqui, EU SINTO.)
-O Jimmy Fallon perdeu a chance de ter um encontro decente com a NICOLE KIDMAN RAINHA DAS NOSSAS VIDAS e ela contou tudo no talk show dele, numa das entrevistas mais engraçadas (num nível vergonha alheia mesmo) que vi esse ano.
-O Pipocando fez uma seleção com os melhores filmes de 2017 e eu gostei bastante, além de ficar me roendo pra assisti-los (a completa impossibilidade de ir ao cinema por causa da pobreza, ELA DESTRÓI VIDAS).
-O Alfonso Ribeiro fazendo a dancinha do Carlton no Dança dos Famosos americano (?) faz o coração doer de nostalgia.
-Um ex-engenheiro da Nasa transformou areia em líquido (?!?!?!) e colocou os sobrinhos pra brincar nela e MDSDOCÉU A CIÊNCIA É MUITO LOKA.
-O talento do Julius Horsthuis pra construir animações gráficas é incrível.
-Alguém PELOAMORDEDYOS inventa o Nobel do Realismo Artístico pra dar pro desenhista Marco Grassi, porque POR FAVOR.
-16 momentos históricos vistos por uma outra ótica; artigo-galeria muito legal na Superinteressante, com título autoexplicativo. Amo de paixão esse tipo de coisa, e minhas favoritas são as fotos 7, 9, 10, 11, 12 e 13. <3
-Duas mães denunciam o racismo, mas só uma delas é levada a sério; texto (é curtinho) na LadoM sobre a diferença de tratamento que Tais Araújo e Giovanna Ewbank, uma negra com um discurso desmerecido por muita gente e a outra branca que foi aplaudida por todos (nem preciso dizer que reconheço a legitimidade da luta das duas, né?), receberam ao denunciar a violência racial sofrida por seus filhos.
-E ainda sobre essa discrepância ridícula com que discursos de negros e brancos são recebidos, a Analu escreveu esse texto ótimo no Valkirias, transitando pela temática da novela O Outro Lado do Paraíso e abordando a mesma questão.
E concluo o post desejando feliz natal atrasado e boas festas com essa foto que tirei com minhas renas enquanto passeávamos no shopping da cidade, que levou dois amigos meus, imensamente sábios e certíssimos, a me chamarem de Rainha de Nárnia no instagram. #MelhoresZamigos #ACâmeraDoMeuCelularÉUmaDrogaEuSei
Um dia quero ler ~só~ quatro livros como você, haha <3
ResponderExcluirE sobre a foto: Carolina, a primeira de seu nome, rainha do Polo Norte, mãe de duas renas
Limonada (antigo Novembro Inconstante)
Quatro por mês na verdade é um número bom, né? É que eu vinha de meses diretos em que li seis, no mínimo cinco, livros e relaxei NA VIDA em dezembro, então acabei ficando com a sensação de que nada rendeu muito, sabe?
ExcluirHahahhhahah
Own, você era a pessoa que faltava na minha vida pra elevar meu trono de Nárnia também aos domínios de toda a Westeros. <3<3<3 [Posso ouvir um amém sobre a Terra Média também, irmãos?] E pior que agora a Daenerys só tem dois (igual as renas) dos três dragões mesmo, né? CHO-RE-MOS (chorar é pouco, eu MORRI naquele epi).